Tuesday, July 31, 2007

"Não tão rápido, supercomputadores," afirmam programadores


Os supercomputadores aumentam de velocidade de forma estonteante e já possuem até ranking mundial. O mesmo parece estar acontecendo com os computadores menores, até mesmo com os domésticos, graças à utilização dos processadores de múltiplos núcleos e da ligação de PCs em clusters.

Programação paralela

Agora, um pesquisador da Universidade Purdue, Estados Unidos, afirma que de nada adianta esse poder computacional gigantesco, inimaginável há poucos anos, simplesmente porque o hardware se colocou muito à frente da capacidade dos programadores em fazer programas que os possam utilizar de forma eficiente.

Faisal Saied afirma que a programação paralela tem sido uma habilidade quase esotérica, limitada a pesquisadores que lidam diretamente com supercomputadores. "Especialistas em computação de alto desempenho aprenderam a lidar com isso, mas eles são uma fração dos programadores. No futuro você não vai conseguir comprar um computador que não seja 'multicore' e, à medida em que os chips 'multicore' se disseminarem, todos os programadores terão que aprender novas técnicas," diz ele.

O Dr. Saied parece até ser um pouco otimista. O fato é que há muitos supercomputadores na iniciativa privada e nenhuma empresa costuma jogar fora seus antigos programas. Apenas uma parte do código usado nessas empresas é paralelo, já que todos os programas antigos são seqüenciais.

O resultado é que os chips "multicore", embora sejam o sonho do poder ilimitado de processamento, estão se tornando o pesadelo da programação.

Computadores "multicore"

Computadores "multicore" - ou multinúcleo - têm mais do que uma CPU em cada chip. São verdadeiros PCs individuais, mas trabalhando juntos. O problema é explorar essa capacidade de trabalhar em conjunto, criando programas que dividam as tarefas entre os diversos núcleos.

"Imagine você ter quatro bolas de golfe e precisar atingir quatro buracos. Se você tem quatro pessoas atirando as bolas ao mesmo tempo, você poderá fazer isto mais rapidamente do que se contar com uma pessoa só. Esta é a vantagem da computação de múltiplos núcleos. Múltiplos PCs, todos no interior do mesmo chip, estão trabalhando em múltiplas tarefas. A dificuldade é quebrar a tarefa em múltiplos componentes," diz Saied.

Hiato da Lei de Moore

A criação de microprocessadores com múltiplos núcleos virou uma tendência quando a indústria percebeu que o aumento da freqüência de processamento - o "clock" - estava criando mais problemas do que resolvendo - principalmente problemas de superaquecimento dos chips.

O superaquecimento dos chips até criou o chamado "Hiato da Lei de Moore": embora a quantidade de transistores no interior dos chips continue crescendo como a Lei de Moore prevê - dobrando a cada 18 meses - o fato é que a velocidade de processamento não tem crescido nessa velocidade. Na verdade, em termos de chips individuais, de um núcleo apenas, ela tem se mantido estacionária há bastante tempo.

E, se não forem criados programas que utilizem os recursos da computação paralela, o desperdício de energia continuará. Isso acontece porque os transistores consomem energia mesmo quando não estão fazendo nada. Programas seqüenciais, rodando em processadores de múltiplos núcleos, nada mais estarão fazendo do que deixando transistores ociosos - desperdiçando energia e capacidade de processamento. Ou seja, a capacidade de processamento cresceu, mas não é utilizada.

Linguagens de programação paralela

E tudo indica que esse poder de processamento continuará crescendo. Os fabricantes de chips Intel, AMD, IBM e Sun todas anunciaram que vão produzir chips "multicore". Em Fevereiro deste ano a Intel anunciou detalhes de um chip com 80 núcleos - 80 PCs dentro de um único chip - capaz de fazer cálculos que há 10 anos atrás exigiam computadores que ocupavam salas inteiras.

Até mesmo as linguagens de programação estão sendo questionadas. Steve Kirsch, especialista em supercomputadores, afirma que novas linguagens são essenciais. "Hoje nós programamos em linguagens seqüenciais. Iremos precisar de expressar nossos algoritmos em um nível mais alto de abstração? Pesquisas nesta área são críticas para nosso sucesso," diz ele.

Super computador no Brasil

Novo supercomputador entra em operação no Brasil

Poder de cálculo da máquina será usado para pesquisas climáticas

SÃO PAULO - O novo cluster computacional adquirido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no fim do ano passado, com 1,1 mil processadores, começará a funcionar em agosto no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista.

Um evento na semana passada, durante a programação de aniversário do Inpe, celebrou o início de operação do novo sistema computacional. O equipamento tem arquitetura da Sun Microsystems e foi adquirido da NEC Corporation por US$ 2,4 milhões. O cluster faz parte da lista dos mais rápidos do mundo de acordo com o Top 500, o ranking dos computadores mais potentes do mundo.


A lista inclui equipamentos instalados em instituições públicas e privadas de todos os continentes, com aplicações voltadas às mais diversas áreas. No campo da pesquisa de tempo e clima, a máquina do CPTEC aparece na 12ª colocação, revelando-se uma das melhores infra-estruturas computacionais do mundo neste setor. Na colocação geral, o equipamento é o 416º de melhor desempenho.


"A experiência com a nova máquina irá representar uma etapa de transição para a aquisição do próximo supercomputador do Inpe", disse Maria Assunção Faus Silva Dias, coordenadora do CPTEC. A atualização dos supercomputadores para a previsão de tempo e clima vem sendo feita em média a cada quatro anos.


"Além da boa colocação do novo cluster do Inpe, o ranking demonstra que a especificação do nosso equipamento acompanha a tendência das melhores máquinas em uso no mundo", disse José Paulo Bonatti, pesquisador e chefe da Divisão de Modelagem e Desenvolvimento (DMD), do CPTEC, responsável pelo projeto do cluster.


O novo sistema computacional do CPTEC/INPE foi adquirido com recursos do Projeto de Tecnologia da Informação para Meteorologia (Protim), do governo federal. "A aquisição deverá trazer ganhos de experiência em sistemas computacionais em ambiente massivamente paralelo", disse Bonatti. Essa tecnologia, que dispõe de centenas ou milhares de processadores atuando em conjunto, é a mais nova tendência da arquitetura computacional de alta performance.


A performance do novo cluster é de 4,5 teraflops (trilhão de cálculos) por segundo. Para as previsões meteorológicas diárias, o CPTEC/INPE utiliza, atualmente, o supercomputador NEC SX-6, com 12 nós, totalizando 96 processadores e velocidade de pico de 0,76 teraflops por segundo.

Bonatti destaca, no entanto, que não se devem comparar diretamente os números dos dois sistemas computacionais - o cluster e o operacional -, uma vez que se trata de máquinas com arquiteturas de processamento diferentes.

A nova máquina irá exigir um grande esforço de desenvolvimento de software. "O foco será o desenvolvimento dos mesmos programas operacionais de previsão de tempo e clima e de assimilação de dados que rodam hoje no SX-6", disse Bonatti.

Monday, July 30, 2007

IPhone com Phyton e servidor Apache

O hacker cognominado NerveGas e outros usuários do canal de IRC #iphone-shell, dedicados a quebrar a proteção do aparelho iPhone, da Apple, afirmaram terem conseguido rodar uma versão do servidor Apache e do ambiente Python sob o aparelho, bem como outros aplicativos Open Source.

Noticiado no site Gizmodo, o esforço abriria uma porta imensa para a entrada de outros aplicativos não oficiais.

As instalações teriam sido feitas a partir da ferramenta desenvolvida por Nightwatch, a mesma utilizada na aplicação Hello World, revelada semana passada. Embora a ferramenta possa ser encontrada para download gratuito na web, não é de uso aconselhável por pessoas sem aprofundados conhecimentos de programação.

Com o avanço, acredita-se que o destravamento total sem inutilizar o aparelho também possa estar mais perto.

Manipulação genética substitui paciência e técnica na arte de fazer bonsai


Pesquisadores da Universidade do Oregon, Estados Unidos, desenvolveram uma técnica de manipulação genética que permite fazer com que árvores que normalmente crescem até dezenas de metros de altura, atinjam poucos centímetros na idade adulta, sem nenhum cuidado especial no cultivo.

Bonsai geneticamente modificado

A foto mostra as árvores geneticamente modificadas à frente de espécimes normais. São verdadeiros bonsais que crescem sem exigir a paciência e a técnica que os japoneses desenvolveram para criar mini-árvores.

Os cientistas acreditam que as árvores em miniatura geneticamente modificadas poderão ter uma grande aceitação no mercado, principalmente para decoração, tanto interna quanto para jardins.

Mas eles sabem também que, para chegar ao mercado, será necessário que os bonsais geneticamente modificados passem pelo crivo da legislação. "Certamente deverá haver preocupações se o mercado para produtos vegetais especiais como esses é grande o suficiente para justificar o enorme investimento de tempo, dinheiro e testes que a legislação atual de organismos geneticamente modificados vai exigir [...]," diz o pesquisador Steven Strauss.

Manipulação genética

A manipulação genética permite não apenas a criação de bonsais, ou miniaturas das árvores. Na verdade, os cientistas afirmam ser possível programar com grande precisão o tamanho desejado da árvore.

Isso torna possível, por exemplo, o cultivo da mesma espécie de árvore para se colocar sobre a mesa do escritório e, em tamanhos intermediários, para se colocar na sala ou nos canteiros de avenidas. Diferentes manipulações genéticas permitem também variar a cor das folhas e até seu formato.

Friday, July 27, 2007

Homersapien


Veja Homer ao vivo e em cores passeando pela sua sala. Homersapien é um Homer robótico, amante de donuts, que vem pré-programado com 67 ações (como arremessar, dançar e... arrotar). Com duas velocidades de caminhada e opções para manobra-lo, basta comandá-lo através do controle remoto abastecido por quatro baterias D. O Homersapien é vendido por US$ 144 (R$ 275).

Site oferece cofre online póstumo

Um novo serviço está sendo oferecido pelo site americano YouDeparted: um cofre online criptografado que pode ser mantido para guardar mensagens e arquivos que poderão ser acessados por familiares após a morte do cliente.

O cliente de YouDeparted pode enviar informações importantes e mensagens de despedidas para seus entes queridos. Após sua morte, a conta só poderá ser destravada por um número mínimo de pessoas que precisarão se identificar independentemente.

Assim que a proteção é quebrada, os amigos e familiares podem acessar repositórios separados com as informações e dados deixados a cada um deles. As cartas e emails de despedidas são então enviados a cada um dos destinatários.

A idéia do fundador Collin Harris veio após a morte de seu pai, que adoeceu e faleceu em 2000, sem conseguir fazer seus últimos pedidos. Muitos anos depois, os familiares ainda discutem a morte, incluindo o local onde as cinzas devem ser depositadas.

O serviço tem um custo anual de US$ 9,95 e pode armazenar até 5 GB de dados, sejam arquivos de áudio, vídeo, fotos ou documentos.

Tuesday, July 24, 2007

Nova Rede Social do Google Socialstream

Google anuncia lançamento da Socialstream nova rede social que segundo eles vai ser mais segura contra bugs do sistema.
Para saber mais detalhes segue os links abaixo.

http://googlesystem.blogspot.com/2007/07/googles-social-networking-projects.html

Video:
http://video.google.com/videoplay?docid=-6610704975433050156

Postem suas opniões aqui

Thursday, July 12, 2007

Futebol de nano-robôs precisa de microscópio para ser visto


Imagine um Pelé robótico. Mas apague de sua imaginação tudo que se pareça com um "robozão" meio desengoçado, correndo por um campo de futebol sem achar a bola. Os pesquisadores do Instituto NIST, dos Estados Unidos, foram bem mais modestos: eles criaram jogadores de futebol seis vezes menores do que uma ameba, chutando uma bola cujo diâmetro é menor do que a espessura de um fio de cabelo humano.

Futebol de robôs

Os nano-jogadores de futebol, rolando sua nano-bola em um campo que cabe em cima de um grão de arroz foram apresentados pelos cientistas durante a 2007 Robocup, um evento mundial de robótica que ocorreu na semana passada em Atlanta. A foto mostra um chip de 3 centímetros de largura, sobre o qual estão construídos 16 campos de futebol, cada um medindo 2,5 x 2,5 mm.

A Copa de Robôs é um evento anual que utiliza a criação de robôs jogadores de futebol para incentivar o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de robótica e inteligência artificial, entre outras. Os nano-jogadores de futebol, por exemplo, estão ajudando os engenheiros a otimizar as técnicas para a fabricação de minúsculos dispositivos chamados MEMS ("MicroElectroMechanical Systems").

Nano-jogadores

Embora meçam alguns micrômetros de comprimento, os minúsculos jogadores são considerados nano-robôs porque sua massa fica na casa dos nanogramas.

Infelizmente não dá prá assistir diretamente a uma partida de futebol dos nano- robôs. Os minúsculos robôs jogadores de futebol fazem suas partidas embaixo da lente de um microscópio, controlados por um equipamento eletrônico remoto, e são acompanhados por meio de um monitor de computador.

Para ganhar o jogo, um nano-robô jogador de futebol deve ser rápido, ágil e capaz de manipular objetos com destreza - nesse caso a minúscula bola, que deve ser levada até o gol.

A competição se dá em três etapas: na primeira, o jogador deve simplesmente pegar a bola no seu campo e chegar até o gol adversário no menor tempo possível, sem enfrentar qualquer obstáculo. Na segunda etapa uma série de pequenos jogadores feitos com polímero funcionam como zaga, forçando o nano-robô a desviar-se deles em uma espécie de "slalom" até chegar ao gol. Por último, claro, a capacidade do drible. Mas também aqui os adversários não são outros jogadores, mas bolas que devem ser evitadas no caminho rumo ao gol. O tempo de cada partida é de 3 minutos.